O Desespero Humano: O Colapso De Uma Sociedade Midiática
Por Edinaldo
A fragmentação do arranjo social causada pela economia neoliberal causa naqueles intelectuais que vislumbram uma restauração ou uma reestruturação da sociedade um certo desconforto que beira a um colapso de nervos. Eles enxergam e chamam a atenção da massa de trabalhadores, pais e alunos que compõem o grande público consumidor do mass media e dos seus anúncios, a atuação cada vez mais massiva e desvirtuadora dos meios de comunicação de massa e da economia na sociedade mundial, e para o processo cada vez mais sutil e imperceptível de alienação e do esfacelamento da criticidade social causada por esses meios.
Facilitando a comunicação entre os povos e proporcionando uma relação global jamais vista, os meios de comunicação de massa, influenciou e influencia o comportamento das pessoas desde sua fala até seu modo de andar, comer, vestir, namorar, etc. é importante o contato cultural com outros povos e nações para o enriquecimento intelectual, porém a intelectualidade está em segundo plano quando a preocupação maior é com o espetáculo, com o ridículo, com o bizarro.
O enfraquecimento familiar, religioso e educacional na sociedade pós-moderna é fruto direto do resultado da interação da sociedade com os meios de comunicação massivos que permeiam nossa casa ridicularizando valores seculares que perpassaram o desenvolvimento humano, mas que agora são tratados como caretas, ridículos, fora da moda.
Pais e professores não sabem mais o que fazer com essa desestruturação social, jogando uns sobre o outro o ônus desse embate que deve ser trabalhado em conjunto pelos atores interessados. A desconstrução do sujeito causado pela falta de alicerces sólidos de valores seculares e metafísicos instigam na criança e adolescente que passam horas e horas em frente ao computador ou televisão a busca hedonista de prazeres superficiais e ilusórios. A idéia do aqui e agora permeia a atitude e a relação desses jovens com o meio e com o outro. A relação com o outro é antes de tudo a compra ou a aceitação passiva da imagem que é vendida por outras pessoas com suas roupas, sua maquiagem, seu corte de cabelo, etc. deixamos de ser atores sociais e passamos a objetos, espectadores estamos no turbilhão da corrente desesperada de homens e mulheres, crianças e adolescentes que buscam o sentido de suas vidas e acabam encontrando no “novo lançamento” uma fuga ilusória desse pressuposto sentido.
As identidades rompidas com a busca econômica e com a sociedade do espetáculo fazem com que nós explorados pelos meios de produção capitalista atinjam a falsa ilusão de felizardos contentando-se em poder comprar a última TV ou o último celular, mal sabendo que tudo isso é logicamente fruto de uma estratégia para acomodação social em detrimento dos reais problemas sociais. Pensamos que o bem estar social é poder comprar bens de consumo divididos em trinta vezes no carnê. No, entanto, o problema maior está em não sabermos se esse é realmente um estado de ilusão aparente ou se de fato acreditamos que o maior acesso aos produtos industrializados ou ao reality show é a benesse que precisamos para uma vida aprazível e feliz.
Um comentário:
Prezado Prof. Douglas Franzen
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