domingo, 2 de dezembro de 2012

Nem tudo foram flores na história de Porto Novo


Quando falamos na história de Porto Novo a primeira impressão que vêm à memória dos saudosistas ou das reminiscências da memória de um ou passado idealizado, é o pioneirismo e todas as dificuldades a ele atrelados. Criamos uma espécie de imagem de uma história vivida em perfeita harmonia em meio ao isolamento da região, onde a paz e a prosperidade imperavam, um reino de paz e prosperidade. A história nos ensina, e a memória não há de esquecer, de que no passado de Porto Novo reinavam também intrigas, desavenças, disputas por nichos de poderio, desentendimentos entre famílias, questões litigiosas de divisa de terras, que deixaram feridas abertas, muitas delas, até hoje. A verdadeira memória não pode de forma alguma ser sepultada com base em historietas construídas atualmente para idolatrar um passado que nem sempre foi aquele que imaginamos, ou aquele que nos convém para comemorarmos datas festivas ou falsos heróis do passado.
Basta nos remetermos a figura do Padre João Rick, SJ, um dos idealizadores do empreendimento Porto Novo. Este personagem enfrentou grandes dificuldades nos primeiros tempos da colonização, motivados claro, também pela sua personalidade forte e inabalável. Basta lermos o que ele escreveu em suas memórias para percebermos que nos primeiros anos da colonização havia muitas intrigas que de certa forma até ameaçaram o desenvolvimento da colônia: “Todo o comportamento da população era suicida, pois a colônia veio a tal descrédito devido às suas intrigas que a ela ninguém mais queria migrar (...) Porto Novo existe e persiste(...) apesar dos erros de administração (procedentes de Sede Capela), apesar da estultícia dos moradores de Itapiranga, com a sua disposição de espírito suicida, apesar da fraqueza psíquica de seu fundador.”
No período da Segunda Guerra Mundial tivemos a figura do Inspetor de Quarteirão, contextualizada pelo professor Roque Jungblut em seu livro Porto Novo: um documentário histórico. A figura do inspetor representava a presença física do governo e da lei no isolamento das comunidades, sua função era ajuizar pequenas causas e delatar desvios de conduta as autoridades. Muitos dos Inspetores de Quarteirão exerceram sua função buscando abafar situações de desobediência à lei, no entanto, outros Inspetores delataram vizinhos, companheiros de comunidade para manter sua imagem perante as autoridades do Estado. Muitos desentendimentos e intrigas foram criados em algumas comunidades devido a atuação dos Inspetores de Quarteirão.
As intrigas no desenvolvimento da colonização Porto Novo, ou como queiram, de Itapiranga, ocorreram praticamente ao longo de toda a sua história, em diversas comunidades, em variados segmentos da sociedade, algumas com mais, outras com menor intensidade. No Livro Tombo da Paróquia São Pedro Canísio de Itapiranga, encontramos um registro bastante interessante do dia 10 de Julho de 1987: “algumas mulheres pediram nosso socorro porque, senhoras de mais de sessenta anos de idade que queriam encaminhar sua aposentadoria foram destratadas pelo Prefeito Municipal, chamando-as de comunistas, que se enforcassem, e por fim chamou a polícia para expulsa-las. O Pe. Inácio Kraemer e o Pe. Otmar Schwengber conversaram com as mulheres e com o Prefeito, mas, ele ficou-as chamando de agitadoras do PT. O Pe. Otmar ouvindo as mulheres chocadas e desanimadas, não conseguindo adormecer, rezou até duas e meia horas da madrugada, a sua primeira prece deu apoio às mulheres e repudiou a falta de respeito com as mulheres.”
Da mesma forma, ocorreram ao longo da história brigas políticas, desavenças entre famílias, o que dizer das disputas por poder e influência entre comerciantes, como por exemplo, na Vila de São João e de Itapiranga? O que dizer também das disputas entre grupos e famílias em eleições de diretorias de associações, sindicatos e entidades? Lembremos também dos desentendimentos entre sedes comunitárias, como por exemplo, Sede Capela e Itapiranga na época da firmação da sede da colônia Porto Novo, ou entre Cristo Rei e São João nas várias tentativas boicotadas de emancipação do município de São João do Oeste.
Certamente não devemos perpetuar desavenças e brigas que ocorreram no passado. Mas, no entanto, não devemos tampar nossos olhos para a história e idealizar somente um passado de glórias, de harmonia e paz. Muitos líderes que hoje ainda são perpetuados com o estandarte do poder alcançaram tal posto a custa do sofrimento de outros, subjugando-os, boicotando eleições, delatando desvios de conduta. Nem todas as pessoas no passado concordaram com tudo e com todos. Muitas ideias, muitas iniciativas, muitas lideranças não viram a luz do dia porque foram esmagadas na casca.
A memória é construída no cotidiano com base naquilo que a sociedade regional quer que seja registrado na história, temos de ter o cuidado de não deixar para as gerações vindouras uma falsa memória idealizada para perpetuar lideranças e nichos de poder. Todas as decisões e acontecimentos do presente, assim como foram os do passado, serão lembrados com base na história que contaremos para as gerações futuras. 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Cooperativa inaugura sede da filial de Cristo Rei


Publicado no Informativo Agropecuário de Junho de 1986

“Nós em conjunto estamos aqui comemorando este acontecimento de aquisição deste prédio novo pela Cooperativa. Este empreendimento é uma vantagem para todas as comunidades. Por isso estamos aqui louvando e agradecendo à direção”. A afirmação foi do sócio da Cooperita Floriano Jungblut da comunidade de Vale Pio, no dia 07 de Junho de 1986, quando foi inaugurada a nova sede da filial da Cooperativa em Cristo Rei. Comprada no início daquele ano da firma Werlang, foram feitas as reformas para adaptá-la ás necessidades dos associados da região. Muitos sócios, familiares e convidados participaram da festa que começou com um culto, inauguração e coquetel. O culto foi celebrado por José Guido Steffen e os comentários estiveram a cargo de Aloísio Bohnenberger.
Após a celebração e benção do prédio iniciaram os depoimentos das lideranças presentes. O primeiro a se pronunciar foi o então gerente da filial de Cristo Rei, Antônio Bohnenberger, que fez um relato histórico da Cooperativa na comunidade. Em sequência fez o se pronunciamento o sócio da comunidade de Aparecida, então responsável pelo Comitê e integrante do Conselho Fiscal de Aparecida, o agricultor André Schneiders, que ressaltou a importância da filial para as comunidades vizinhas. André também fez um apelo para que na próxima eleição os sócios não aparecessem na Cooperativa para fazer campanha política. Em seguida um grupo de agricultor da comunidade de Aparecida cantou o canto: “A Cooperita não vai passar, porque está dentro do meu coração”.
Em seguida se pronunciou o presidente do conselho comunitário de Cristo Rei, Sídio Ternus, que afirmou que a comunidade pretende construir um novo clube, e fez um pedido de ajuda a diretoria da Cooperita para a concretização deste empreendimento. Pronunciaram-se também os vereadores da comunidade de Cristo Rei, Egon Grasel e João Klaus. Em seguida fez uso da palavra o superintendente da Cooperita, João Batista Schneiders, que afirmou que a Cooperita ainda é pequena, não tendo vergonha em dizer, mas que já é um exemplo para o Estado de como se trabalha e de como se produz.
O Presidente da Cooperita, Ivo Blatt, também fez uso da palavra enaltecendo o modelo cooperativo de trabalhar, dizendo da necessidade dos agricultores se unir para produzir coletivamente e lutar pelos seus direitos. Em seguida foi servido coquetel com comidas e bebidas a vontade do público e as festividades adentraram a noite. A filial de Cristo Rei funcionava na comunidade desde o ano de 1982, mas somente em 1986 foi inaugurada a sede nova da cooperativa.
Flagrante da inauguração

Associados da comunidade de Aparecida encenaram um canto

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Degladiaram-se amistosamente Cometa e G.E. São João


Jornal Oeste em Marcha, 31 de Janeiro de 1961, por Eusébio

Em confronto futebolístico realizado no gramado de São João, degladiaram-se amistosamente as equipes do Cometa e de São João.
Inicialmente travaram combate os aspirantes de ambas as representações, findando o embate sem abertura de contagem.
Iniciadas as ações das equipes principais, os locais pressionaram insistentemente contra a cidadela de Chico. Quando a peleja alcançava o seu 5º minuto, os sãojoanenses inauguraram o marcador por intermédio do centroavante Miranda. Já aos 7 minutos o Cometa colheu o seu empate com um gol assinalado por Egídio, recolhendo de cabeça uma cruzada da direita de Laurinho. O primeiro tempo terminou empatado graças ao goleiro Chico, que numa tarde inspirada, praticou algumas intervenções de vulto.
Reiniciadas as ações do tempo regulamentar, os visitantes pressionaram, fulminando constantemente a cidadela local sem no entanto conseguirem seu objetivo, podendo ser considerado a primeira etapa pertencente aos locais, enquanto que a segunda pertenceu aos visitantes, espelhando o marcador o equilíbrio das ações de ambos os contendores.
As equipes estiveram assim organizadas:
E.C. Cometa: Chico, Lacy e Fritz, Tibair, Werner e Santos (Gregório), Laurindo, Armandinho, Zeca, Arno e Egídio.
G.E. São João: Eusébio, Ernesto e Armindo, Lauro, Normélio e Romiro, Paulinho, Leopoldo, Miranda, Baldo e Meyer (Irineo).
Em pé: Roque, Lauro, Nelo, Ermindo, Canário e Vicente
Sentados: Antônio, Normélio, Paulo, Zildo e Reinaldo.

Em pé: Lauro, Baldo, Normélio, Camís, Ermindo e Eusébio.
Sentados: Paulo, Egon, Miranda, Bruno e Lingüiça.

Em pé: Ieco, Medo, Décio, Juca, Auri, Otto, Reinaldo.
Sentados: Mauro, Cláudio, Dari, Biba, Edo e Astor.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Primeiros 15 anos do Clube 4-S Unidos Venceremos de Santa Fé


Publicado no Informativo Agropecuário de Outubro de 1985

Antes de fundação do Clube 4-S existiu em Santa Fé um programa de extensão rural liderado por Cláudio José Kober, tendo como objetivos principais a conservação do solo e melhores técnicas de produção. Naquela época a juventude da comunidade não tinha uma entidade organizada e em pleno funcionamento. Em vista deste problema os líderes Cláudio Kober, Ludovico Jungbluth, Félix Sausen, o extensionista Francisco Lucas, com colaboração inicial de cerca de 30 jovens e apoio de boa parcela da comunidade fundaram no dia 15 de Setembro de 1970 o Clube 4-S Unidos Venceremos de Linha Santa Fé.
Entre outros objetivos maiores da fundação foram a união e a organização da juventude, o progresso técnico agrícola, a formação de pessoal e de lideranças. Entre as primeiras atividades realizadas pelo grupo foram os projetos coletivos de milho e conservação do solo na ala masculina, corte e costura, horta e arte culinária no grupo feminino.
A parte social foi muito difundida na época da existência do Clube 4-S em Santa Fé. Torneios de futebol de salão e voleibol, reuniões dançantes, encontros esportivos com outras comunidades, jogos entre sócios e outros jovens da comunidade eram uma agradável rotina. Também tiveram destaque na atuação do grupo a ajuda a comunidade, como a construção de paradas de ônibus, praça em frente a igreja, limpeza no centro comunitário, programas sociais, administração rural, culturas, criações, alternativas de produção, industrialização caseira, saneamento do meio, estética feminina, corte e costura, bem como curso de educação pessoal. Destaque também para a conquista de dois títulos de rainha 4-S para Terezinha Schneider e Dorotéia Ludwig. Dois jovens do grupo tiveram destaque estadual em suinocultura, sendo eles Aloísio Jungbluth e Eugênio Flach.
Lema 4-S: Progredir Sempre. Significado do 4-S: Saber, Sentir, Servir, Saúde. Juramento 4-S: Prometo minha cabeça para saber claramente, meu coração para sentir maior lealdade, minha mãos para servir mais e melhor, minha saúde para uma vida mais sã com meu 4-S, meu lar, minha comunidade e minha pátria.
Integrantes do grupo plantam batatinhas em atividade de campo

sábado, 7 de julho de 2012

Seminário Municipal 4-S de Santo Antônio


Publicado no Informativo Agropecuário de Julho de 1985

Foi realizado nos dias 28, 29 e 30 de Junho na comunidade de Santo Antônio o Seminário Municipal de Juventude Rural  4-S. Houve a participação de 43 jovens, representado os 21 clubes 4-S de Itapiranga sendo das comunidades de Popi, Santo Antônio, Santa Fé, Beleza, Macuco, Maria Goretti, Tunas, Jaboticaba, Chapéu, Cristo Rei, Medianeira, Ervalzinho, Pitangueira, São Pedro, Beato Roque, Soledade, São José, Conceição, São João e Coqueiro. Além de palestras os jovens decidiram fazer um estudo sobre a constituinte e não apoiar nem candidato e nem partido das eleições daquele ano.
A diretoria municipal do Clube 4-S ficou assim constituída. Presidente Léo Wirth; Vice-presidente Celestino Forneck; Secretária Alice Frey; Vice-secretário José Schneider; tesoureiro Aloísio Spaniol; Vice-tesoureiro Afonso Back; Conselho fiscal efetivo Irineu Paulata, José Baumgratz e José Heckler; suplentes do conselho fiscal Valdemar Pauli, Elaine Wirth e Artêmio Forneck.
Jovens participantes do encontro

Pronunciamento de lideranças 4-S

terça-feira, 19 de junho de 2012

Quem reza unido permanece unido.


Publicado no Informativo Agropecuário de Março de 1985.

“Terra sim, barragens não”. Foi o slogan escolhido pela comunidade de Santa Fé Baixa que no dia 8 de Julho de 1984, ergue uma cruz com este dizer para marcar o início da luta contra o dilúvio da bacia do Uruguai. Aos pés desta cruz, toda a  terça-feira a comunidade se reúne e pede a Deus força e coragem para enfrentar e persistir na luta. Estamos convictos que unidos a Deus seremos vitoriosos. Além de confiarmos na providência divina, confiamos em nós mesmos. Criamos uma organização financeira própria e destacamos a lavoura a comunitária, onde em mutirão roçamos um hectar de mato, cujo milho está para ser colhido.
Além disso, os dias de trabalho que os líderes perdem na sua lavoura a comunidade retribui. Só num dia 15 pessoas dobraram milho na propriedade de um líder. Também os grupos de reflexão entenderam a luta e concretamente participam da mesma. Também as demais comunidades atingidas estão organizadas e lutam pelo mesmo objetivo.
Artigo assinado por Roque Wolfarth, morador de Santa Fé Baixa
Moradores se reúnem para fazer orações em protesto contra as barragens

terça-feira, 5 de junho de 2012

Agricultores de Cristo Rei recebem distribuidor de adubo


Publicado pelo Jornal Vale do Uruguai, de 03 de Maio de 1983.

No dia 22 de Maio de 1983, o Prefeito Municipal Luiz Frantz juntamente com o vereador da comunidade Egon Grasel, entregou a um grupo de agricultores um distribuidor de adubo em forma líquida para um grupo de dez agricultores da comunidade de Cristo Rei. O distribuidor tinha uma capacidade de 3.000 litros.
Os agricultores contemplados foram: Estevão Wermuth, Wunibaldo Schneider, Roque Walker, Paulo Wirth, Anivo Koerbes, Selvino Wendling, Walter Mallmann, Otávio Spaniol, Arnoldo Wermuth e Avelino Schroeder. Depois da solenidade foi servida uma janta de confraternização no clube da comunidade.
Agricultor assina o contrato

Agricultores contemplados

terça-feira, 22 de maio de 2012

Itapiranga sedia encontro interestadual de protesto contra as barragens


Publicado no Informativo Agropecuário, de Junho de 1984.

Nos dias 4 e 5 de Junho de 1984, Itapiranga foi sede do encontro interestadual de conscientização e protesto contra a construção das barragens sobre o Rio Uruguai. Segundo avaliação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itapiranga e da Igreja Católica, estiveram presentes em torno de 2.500 pessoas. Portando cartazes e faixas o povo exigia o cancelamento do projeto. A praça da Igreja Matriz e o Kolping viveram dias de protestos pacíficos, em que agricultores e líderes da região pediram respeito aos seus direitos.
A praça da Igreja Matriz esteve repleta de pessoas, com também a Rua São Bonifácio em frente à Igreja. Praticamente todas as delegações traziam cartazes ou faixas com dizeres contra as barragens e a favor da terra e da agricultura. Um cartaz que chamou a atenção dizia não ao truco e sim ao trabalho. Muitos trouxeram seu almoço e simplesmente aproveitaram os bancos e sombras existentes na praça da Igreja Matriz para fazer as refeições.
O encontro foi organizado pela Comissão das Barragens, que tem na pessoa de Antônio Hentz de Palmitos um dos principais líderes. Houve a participação do Bispo Dom José Gomes e de aproximadamente 20 sacerdotes, além de religiosos e religiosas. Também participou do encontro o Pastor Grüber de Panambi. O município de Itapiranga teve presença de toda a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, dos vigários das três paróquias, padres Otmar Schwengber, Inácio Kremer e Clemente Haas, além do Padre Ivo Müller. De praticamente todas as comunidades do município houve a presença de agricultores, especialmente das comunidades atingidas como Santa Fé, Santa Cruz, Ervalzinho, Dourado, Sede Capela, Fortaleza, Jaboticaba, Chapéu, Macuco, Alto Macuco e São João.

Cerca de 2.500 pessoas participaram do evento

Manifesto nas ruas da cidade de Itapiranga

Pastores e Sacerdotes participaram da celebração litúrgica

terça-feira, 15 de maio de 2012

Sede própria da filial da Cooperita de São João é inaugurada


Publicado no Informativo Agropecuário, de Maio de 1984.
A solenidade inaugural da nova loja da Cooperita de São João contou com a presença do assessor e chefe do gabinete da Secretaria do Oeste Otmar Schneiders, do Juiz de Direito de Itapiranga Carlos Alberto Dalla Giustina, do Padre Aegídio Koerbes da Escola Agrícola de Sede Capela, do Supervisro Local de Educação Hugo Teobaldo Bracht, do Gerente da Caixa Econômica Federal de Itapiranga Diomar Soares, do Gerente do BESC de Itapiranga Odinir Bonissoni, do representante do Bradesco de Iporã Clemente Berwanger, do engenheiro agrônomo da Acaresc José Noivo Carvalho, do médico veterinário da Cidasc Hélio Bortoluzzi, do diretor da Rádio Itapiranga Tarcísio Jaeger, de líderes de São João como José Helmuth Koerbes e Tarcísio Kunst, da diretoria da Cooperita e de um grande número de sócios de São João e das comunidades vizinhas, como Cristo Rei, Medianeira, Macuco, Fortaleza, Jaboticaba e Ervalzinho.
Inicialmente foi rezada missa em frente ao prédio novo da Cooperativa, O celebrante foi o padre Aegídio Koerbes. Os comentários foram feitos por Tarcísio Kunst e o coral infantil de São João, dirigidos por Helmuth Koerbes, cantou a missa.
Depois dos pronunciamentos todos visitaram o novo, amplo e moderno supermercado da Cooperita de São João. Em seguida foi oferecido gratuitamente um coquetel com produtos Aurora e chopp a todos os sócios, autoridades e colaboradores presentes. O posto número 1, ou seja, a filial de São João, sob a gerência de Aloísio Burg – popular Remo – passou a funcionar no novo prédio a partir do dia 21 de Maio de 1984.
Gerente Aloísio Burg - popular Remo

Hugo Bracht em pronunciamento na solenidade de inauguração

Público presente na inauguração do novo prédio

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cooperativa de crédito obteve um lucro acima de 1 milhão de cruzeiros.


Publicado no Informativo Agropecuário de Itapiranga, de Abril de 1984

Com a presença de 44 associados, no dia 22 de Março de 1984, na Associação Kolping de Itapiranga, foi realizada Assembleia Ordinária Anual da Cooperativa de Crédito Rural de Itapiranga Ltda. A reunião foi dirigida pelo presidente Gilberto Henckes. O primeiro assunto foi o relatório da diretoria e a prestação de contas. No ano de 1983, esta Cooperativa conseguiu um lucro de Cr$ 1.071.255,92. Este dinheiro, por decisão da assembleia, foi destinado para o Fundo de Reservas.
Na mesma reunião foi eleito o novo Conselho Fiscal, que ficou assim constituído: Elementos efetivos – Norberto Koehler, Ivo Koerbes e Ivo Avelino Back; Suplentes – José Urnau, João Hugo Hickmann e Lauro Manchini. A assembleia também decidiu manter em 15 salários mínimos os honorários da diretoria. Os conselheiros receberão 25% do MVR por reunião, da qual participem. Além destes, ainda foram tratados outros assuntos de interesse da Cooperativa.
Logo após a reunião ordinária, foi realizada uma Assembleia Geral Extraordinária, quando foi feita a retificação do Estatuto por solicitação do Banco Central.
Mesa que dirigiu a Assembleia

terça-feira, 1 de maio de 2012

Ações da Administração Municipal de Itapiranga


Publicado no Informativo Agropecuário de Fevereiro de 1984.

Conservação de estradas: a Prefeitura Municipal de Itapiranga está desenvolvendo um extenso programa de trabalho de máquinas, na recuperação e melhoria das rodovias municipais, onde virá facilitar em muito o escoamento da produção agrícola. O Parque Rodoviário Municipal conta no ano de 1984 com três motoniveladoras Huber Warto, uma motoniveladora Caterpillar, três retroescavadeiras, duas compressoras, um trator CBT, dois rolos compactadores, duas carregadeiras Michigan, dois tratores D-4, um trator Komatsu, sete caminhões Mercedes Benz, dois caminhões coletores e compactadores de lixo, três Toyotas, uma Caravana (ambulância), duas Brasílias, um fusca, um Jeep e um Corcel (administração).
Inauguração de escola: Os moradores da localidade de Fatima estão muito felizes com a inauguração da Escola Isolada Linha Fátima, uma moderna obra, totalmente em alvenaria, cobrindo uma área de 151,83 m², com duas salas de aula, além de cozinha e área coberta, construída com recursos do Governo do Estado.
Lançamento do programa de abertura de açudes

Visita dos alunos da 2ª Serie da Escola São Vicente ao gabinete do prefeito. Professora Ilse Maria Vogel Grave.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

Sala de aula do Colégio São Vicente


Sala de aula do Colégio São Vicente, de Itapiranga, sob coordenação das Irmãs. Se alguém souber o ano da foto ou conhecer pessoas presentes nela, podem colaborar...

quarta-feira, 28 de março de 2012

Professores da escola de Cristo Rei, 1974

De pé: Teodoro Staub, Sídio João Ternus, Arno Rhoden, Velácio Schmitt, José Guido Steffen, Elso Jung. Sentadas; Jacinta Klein, Edwiges Stahl e Lori Rohr.
Gentileza da foto: Roque Jungblut.

terça-feira, 6 de março de 2012

Guarany de Beato Roque conquista o título de Campeão Municipal de 1983

Entrega das faixas de campeão de 1983
Em pé: Lauro, Kiko, Valdir, Ari, Celso, Arno, Almiro, Laci, Tarcísio e Alcides.
Agachados: Nilo, Enio, Valdir, Valdir, Pedro, Jego e José.


No ano de 1983 o Guarany de Beato Roque estava decidido a conquistar o título de campeão municipal de Itapiranga. Por isso, montou um time competitivo, formado principalmente por atletas de fora da comunidade, para participar de um campeonato muito difícil de ser conquistado, pelo alto nível técnico e pela disputa acirrada dos times que participavam do campeonato. “Nossa pretensão era chegar o mais longe possível dentro do campeonato. Imaginávamos chegar até a semifinal, quis o destino que ficássemos campeões”, lembrou o então zagueiro do time, Valdir Rohr.
Na época já havia uma concorrência muito grande dos clubes para ter os melhores atletas em seu elenco. No entanto, é importante destacar que naqueles anos era muito difícil um clube desembolsar grandes somas em dinheiro para conquistar os melhores atletas a jogar no time. O que havia eram uma pequena ajuda de custo, ou a aquisição de chuteiras. O atleta que assinava para jogar num clube, incorporava, literalmente, o amor à camisa. “A maioria das vezes eu vinha de bicicleta de Aparecida, Iporã do Oeste, já pela manhã, para jogar à tarde em Beato Roque”, destacou Valdir Rohr.
O time de 1983 era composto por poucos atletas da comunidade. De Itapiranga foram selecionados atletas de destaque, como o Jego e o Nuna. O time treinado pelo Lauro Schaefer, e auxiliado pelo Tarcisio Sehn, se tornou naquele ano, a paixão da comunidade de Beato Roque. A comunidade de Beato Roque incorporou o espírito do time, e parecia, que desde logo, o clube sabia que este campeonato iria entrar para a história do clube. Nos jogos fora de casa a comunidade lotava dois caminhões para levar a torcida para acompanhar o time. Na época o deslocamento da torcida era feita literalmente na boléia do caminhão. O perigo que representava esta atitude, era dissimulado pela paixão pelo clube.

Final em Laranjeira
Em pé: Lauro, Laci, Almiro, Celso, Valdir, Ari, Célio e Enio
Sentados: Ivan, Arno, Pedro, Valdir, Nuna e Valdir.
                                                       
Depois de um campeonato disputado, e após ter eliminado a equipe de Sede Capela e do Cometa, o Guarani disputou a final do campeonato com a equipe do América de Laranjeira. Os dois jogos da final foram muito disputados e muito emocionantes. No primeiro jogo da final em Beato Roque o resultado foi de um empate simples.
No jogo da final, no campo de Laranjeira, havia um público que lotou o estádio. Na época se falou em um público aproximado de três mil pessoas. O uniforme do Guarani era predominantemente branco, com duas listras verdes em vertical. O interessante é que a equipe de Beato Roque jogou todo aquele campeonato de 1983, com somente este uniforme. A dificuldade era quando a disputa era contra um time que trajava um uniforme idêntico.
“Lembro de dois fatos daquele campeonato de 1983. Na fase classificatória tínhamos que ganhar nossos dois últimos jogos, contra o Sete de Setembro de Medianeira, contra o Cometa e contra o América de Laranjeira. Ganhamos os três. Eu era atacante, e na maioria dos jogos entrava no segundo tempo. Lá em Medianeira fiz os três gols na nossa vitória por 3 a 1. Lembro também que em Laranjeira fiz um gol do meio do campo, encobrindo o goleiro”, destacou o então atacante Célio Thomé.
Para quem acompanhou aquele campeonato ainda tem na lembrança os fatos transcorridos naquele ano. Ainda resta na memória de torcedores e jogadores certa mágoa pela falta do craque do time na final contra o América, o meio campista Jego de Itapiranga. “Quando vimos que o Jego não iria vir para o jogo fui conversar com o Valdir Mallmann, o Alemão, e disse para ele entrar no time e jogar tudo que podia. E foi o que aconteceu, ele jogou muito bem”, lembrou Alcides Grasel.
A conquista do título de campeão municipal de Itapiranga foi uma festa para a comunidade. Após o jogo, a comitiva composta por carros e dois caminhões lotados de pessoas fez uma carreata na cidade de Itapiranga. A carreata, puxada pelo Del Rey vermelho de Alcides Grasel terminou em Beato Roque, onde os amantes do clube comemoraram até altas horas da madrugada.

Comemoração do título em Laranjeira

A festa de entrega de faixas foi realizada num jogo amistoso, no dia 14 de Agosto de 1984. O título de campeão municipal de Itapiranga no ano de 1983, foi o título mais importante da história do clube. 
Entrega de faixas

Cisi entrega faixa para Laci Gesing

Jego, Valdir, Orlando e Laci.
Árbitros da final em Laranjeira: Hugo, Feda e João.


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

São José de Cristo Rei conquista seu primeiro título municipal

Em pé: Schneider, Bruno, Nestor, Egon, Calisto, Inácio, Hugo, Xégo, Tile, Juca, , Mingila, Carmo, Gilberto e Jonilton.
Sentados: Ernani, Volmir, Nego, Wena, Mingo, Walter, Tinho, Ceguinha, Nico e Ervino.

O campeonato municipal de Itapiranga, até a década de 1980, englobava times de Itapiranga, São João do Oeste e Tunápolis. Era um campeonato extenso, com muitos times, mas acima de tudo com muita rivalidade, disputa, confusões, brigas e alto nível técnico. Naquela época, ser campeão municipal era uma verdadeira conquista para um clube de futebol. E a conquista do título na temporada 1985-1986 contra o poderoso time do Esporte Clube Cometa, representou muito para a história do Esporte Clube São José.
Primeiro porque foi um título conquistado com muita garra e determinação, com um time forte e determinado. Segundo, porque, a decisão acabaria ultrapassando as quatro linhas do campo, o que gerou muita polêmica na época.
“Naquele ano a gente tinha um time muito forte, para se ter uma idéia nem um técnico a gente tinha, quem montava o time e decidia seu posicionamento eram os próprios jogadores”, destacou Carmo Bohnenberger. O time daquela temporada era formado basicamente por atletas de Cristo Rei, talvez isso sirva de explicação para o entrosamento e a determinação do time.
“Os dois times tinham chances de serem campeões, mas infelizmente eu, jogando contra o time de Cristo Rei, a gente bota a alma e o coração para ganhar o campeonato. Infelizmente eu acho que teve algumas coisa extra campo que estragaram um pouco o brilho da decisão. O Cometa perdeu o título praticamente fora de campo. Mas o tempo passou, a gente parabeniza o São José por terem ficado campeões, eles tinham time para ganhar. A gente do Cometa buscava ganhar nas quatro linhas, e eles conseguiram ganhar nas quatro linhas mas também com uma ajuda de fora. Aos quarenta minutos do segundo tempo, estava um a zero para o Cometa, e aí teve um lance que ao nosso entender não era pênalti nenhum e o juiz e nós acho que erramos até por ter saído do campo, porque poderíamos ter mesmo assim vencido o jogo, saímos do campo, deu bastante discussão, e eles ficaram com a taça e na época o regulamento dizia que quem abandonasse o campo perdia o campeonato e Cristo Rei ficou campeão”, salientou  Roberto Kirchner, que na época jogava no time do Cometa.
O Esporte Clube São José havia feito uma temporada brilhante, não perdendo praticamente nenhum jogo. Tanto a torcida quanto o time sabia quer era o momento do clube conquistar o título. No entanto, a rivalidade e o clima tenso do jogo, fizeram com que a partida não terminasse. O Cometa saiu de campo e os jogadores do São José pegaram a taça e comemoraram o título, fazendo inclusive a volta olímpica. “Nós não iríamos mais entregar aquela taça de forma alguma”, ressaltou Nilton Renz.
“Naquele dia nós queríamos fazer a festa. Lembro que uma mulher do Cometa pegou a taça e eu disse para ela que esse era o momento do São José. Tirei a taça das mãos dela, e saí correndo com a taça para fazer a volta olímpica.
                     
“Acho que foi a mulher do presidente do Cometa que queria tirar a taça das mãos dos jogadores do São José e aí um torcedor jogou um rádio na cabeça dela. A torcida gritava para que a taça ficasse para o São José”, lembrou Alfonsina Hoff. Naquele dia houve uma confusão generalizada após o término precoce da partida. Mas no julgamento feito em Itapiranga, o Cometa foi punido por ter abandonado a partida, ficando o título para o São José.
Durante a semana ocorreu o julgamento para decidir sobre a situação. O Cometa perdeu o título por abandonar o campo. Na entrega oficial da taça de campeão, num jogo amistoso com a equipe do Guarani de Beato Roque, o então prefeito municipal de Itapiranga, senhor Gilberto Henckes, enfatizou que, se não fosse pela sua pessoa, novamente o São José não teria sido campeão municipal.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Documentários dos municípios da SDR de Itapiranga



Vídeo de apresentação dos documentários produzidos através de financiamento de apoio a pesquisa da Fapesc, referente aos cinco municípios da SDR de Itapiranga. Projeto coordenado pelo professor Paulino Eidt, com apoio dos professores Eloi Tessing, Douglas Franzen e Leandro Mayer. Desenvolvido ao longo do ano de 2011. Mais informações em: www.itapirangasc.com.br