Vivemos numa democracia, e como tal, temos uma nação governada pelas vontades e anseios da maioria. Mas até que ponto a maioria tem a razão? Será que a vontade do povo é a vontade correta para o futuro de uma nação? Será que a democracia é sábia ou é ingênua, alienada ou ignorante?
Difícil tirar uma conclusão, partindo do pressuposto de que a grande maioria da população deste país declara abertamente de que não gosta ou não se interessa pela política. Como acreditar que a democracia é justa quando o voto democrático representa, conforme a realidade apontada, os desejos de uma massa que não possui uma consciência definitiva sobre o que é certo ou errado em termos de política para a nação brasileira? Há um projeto de país? O povo brasileiro tem um projeto de país?
Já dizia Boris Casoy: “o maior castigo para aqueles que dizem não gostar de política, é a sentença de que serão governados por aqueles que se interessam.” Talvez seja como aquele poema: de tanto ver triunfar as maldades, a desonra e o roubo, o cidadão brasileiro desiste de suas virtudes, e passa a ter vergonha de ser honesto.
O problema da democracia neste país é que ela está submissa a uma gama de fatores tais como, a fome, a miséria, o assistencialismo, o coronelismo, a falta de consciência, de responsabilidade.
A democracia no Brasil se encontra endêmica, afetada por “pestes” que ameaçam a sua integridade e muitas vezes a tornam fraca. Mas como a nação brasileira se trata de um organismo vivo, pode se adaptar a esses males, criar mecanismo de resistência. Qual a cura para as mazelas da democracia no Brasil? Talvez educação. Mas é preciso muito mais do que isso. Educação para a política não se faz simplesmente com escolas, se faz com uma sociedade comprometida com um projeto de país. Faltam sonhos para o povo brasileiro.
E o povo brasileiro, que dorme em berço esplêndido, percebe que seu sonho pode virar um pesadelo. Isso pode acontecer quando não se presta atenção nas mãos que balançam o berço.
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